quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Arrumando a Casa Para a Criançada Brincar.

Queridos! Por motivos de força maior eu não poderei fazer postagens no dia dos Santos Cosme e Damião. Preparei tudo com antecedência, mas não poderei passar horas em frente ao computador uma vez que distribuir doce, ir à igreja lá em Igarassú, ajudar a fazer caruru, vatapá e cocada no terreiro, tornam um dia açúcaradamente movimentado. Além do mais, prestar homenagens aos santos gêmeos não é só pro dia 27. Por isso resolvi apresentar por aqui muitas coisas sobre esta que para mim é a mais doce e esperada das datas do ano. A partir de hoje esse blog estará repleto de discos, vídeos, fotos, matérias e como já puderam perceber, um novo podcast voltadas ao universo infantil, ao mundo dos erês. Assim como no podcast "Segura a Nêga" em breve vocês terão disponível aqui e no podomatic uma versão mixada por mim com um conteúdo semelhante ao que vocês podem ouvir logo ao entrarem no Muito Incrementado. O podcast Patota de Cosme é uma homenagem aos santos Cosme e Damião, mas também não deixa de ser para o hoje badalado Zeca Pagodinho, que sem sombra de dúvidas é o cantor popular que mais cantou para os erês. Desde o seu primeiro disco ("Zeca Pagodinho", de 1986.) ele já cantava músicas sobre menores abandonados , mas foi no segundo disco (Patota de Cosme, de 1987) é que o artista de Irajá (subúrbio carioca) revela toda sua devoção aos Ibejis. O disco é recheado de clássicos do samba e do partido alto. Vale ressaltar que o mesmo artista, conhecido pela irreverência presente em suas músicas e por cantar muitos clássicos da velha guarda da Portela (sua escola de coração), seguiu cantando às crianças e aos Santos Cosme e Damião ao longo da sua carreira nos discos: Jeito Moleque (1988), Boêmio Feliz (1989), Mania da Gente (1990), Pixote (1991) e Alô, mundo (lançado em 1993). Mas agora vou dar de presente o Lp Patota de Cosme. Lançado em 1987 na ocasião da explosão do pagode (quando feito no fundo dos quintais), após gravações nos discos da Beth Carvalho usando a formação dos grupos de pagode do subúrbio, bem como o lançamento dos discos do Grupo Fundo de Quintal no início dos anos 80, das coletâneas chamadas Raça Brasileira e Aba do Pagode. Nessa maravilha de cenário é que este disco (patota de cosme) foi um dos mais executados nas rádios de todo o país. Além das próprias músicas que encontradas no disco, outro elemento que chama atenção é a capa do mesmo. Essa fotografia é uma das mais bonitas e cheias de força que eu já vi num disco de samba. Nela as crianças que aparecem são moradoras do "Buraco Quente" no Morro da Mangueira. Já no verso, o Zeca aparece junto a criançada que treinava no Olaria (time de futebol do Rio). Repleto de convidados especiais como Mauro Diniz e Arlindo Cruz (parceiros de composição do Zeca Pagodinho) o disco representa bem o que é a malandragem que já não usava terno de linho e navalha, mas que não havia perdido a malemolência.

Para conheçer ou relembrar...

Ouça na Vitrola

Lp Patota de Cosme (RGE, 1987)

Músicas do Disco:

1
Patota de Cosme

2
Sem endereço

3
Feriste um coração

4
Tempo de don-don

5
Gota de esperança

6
Termina aqui

7
Pot-pourri de partido-alto:

• Nega danada (Chatim)
• Mulher ingrata (Chatim)
• Para o bem do nosso bem (Alvaiade)
8
Menor abandonado

9
Bisnaga

10
Testemunha ocular

11
Maneiras

12
Colher de pau




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