sábado, 18 de agosto de 2007

Jongo da Serrinha (Disco)

Disco lindo e esgotado!

Não cabe maiores explicações!

Ouça na Vitrola




terça-feira, 14 de agosto de 2007

Flutuando com os Pés no Chão!

Como já puderam perceber, por aqui eu costumo escrever muito sobre o samba, seus "derivados" e de um modo geral sobre tudo que se relaciona a ele no intimo ou de forma opositiva. Pois é! Mas ao pensar com os grandes botões do meu vestido, observei no quanto fui tonta em falar tanto em samba deixando de lado o Jongo! Isso sem falar no Caxambú, Coco de Roda (primo nordestino do samba), Batuque (primo paulista), no Maxixe, e no Choro, que terão seus respectivos momentos em breve. Mas voltando... Como esquecer do jongo, se ele é pra mim a semente do samba e do partido alto? Há tempos não se via abrir uma roda com cavaquinhos, tambores e palmas de mão e mesmo assim há tanta gente que ainda não o conhece. Pra corrigir esta vacilação pessoal e ajudar de forma simples na divulgação desta maravilha de pés no chão, ofereco um presente a vocês; a exibição do curta - metragem encontrado no Youtube "Jongo com Mestre Darcy". Um belo registro feito pelo diretor Guilherme Fernandez, em que o grande mestre jongueiro abre as portas do seu barraco e mostra toda sua genialidade numa conversa realmente afinada. O Mestre Darcy teve a sorte em ver o Jongo começar a ser tratado como deve, diferente da sua mãe e tantos outros mestres como o próprio Aniceto. "Redescoberto" pela juventude cult da Lapa, o Jongo entrou na vida da classe média carioca, tamém passou a ser reaprendido nos morros e comunidades, pisou nos placos dos grandes teatros pelo Brasil e exterior, se organizou tornando-se bem imaterial, grupo cultural, ONG, contudo não retirou o mestre e tantos outros da situação de pobreza vivida. O mestre fundador do Jongo da Serrinha faleceu em 2001, mas Vovó Maria segue no matriarcado firme e forte. Quanto ao Mestre Darcy? Ele está sempre presente onde existir uma roda com tambores, cavaquinho, saias rodando, palmas de mão e pés no chão. Machado!

Quer mais informações sobre o Jongo?
É por aqui que você chega lá...

Grupo Cultural Jongo da Serrinha

Jongo Quilombo São José (Matéria no JB)

Mais um achado da Tv Sacundin!

sábado, 11 de agosto de 2007

Aniceto do Império e seu partido que é coisa de cinema

Pele escura, cabelos brancos em contraste, voz com força ancestral, a resistência, a Serrinha, um dos pilares do Império Serrano, aquela maravilha de cenário. Local em que "qualquer criança, toca um pandeiro, um surdo e um cavaquinho. Acompanha o canto de um passarinho, sem errar o compasso". Para quem não sabe o carioca do Estácio, Aniceto de Menezes e Silva Junior desde os 16 anos vivia o mundo do samba, jongo e partido alto. Com isso travou amizade com Paulo da Portela, Xangô da Mangueira, Alberto Lonato e outros bambas. Freqüentador da agremiação Prazer da Serrinha, fundou a escola de samba Império Serrano, em 1947, ao lado de Antônio Fuleiro (Mestre Fuleiro), Molequinho, Mocorongo e outros não menos importantes. Entretanto, nunca fez parte da Ala dos Compositores da escola, por não gostar de compor sambas-enredo. Destacou-se mesmo no partido-alto, firmando-se como um dos grandes partideiros da história, sem no entanto economizar nas construções gramaticais rebuscadas e em um vocabulário julgado incomum para o universo do samba que de uma certa forma descriminava o partido-alto. Por causa deste talento, era o orador oficial da escola. Mestre Jongueiro, dominava o conhecimento de outras manifestações musicais-religiosas da tradição africana, como o Caxambú. Em 1977 gravou o disco "O Partido Alto de Aniceto & Campolino" (MIS) ao lado de Nilton Campolino, produzido por Elton Medeiros, com nove composições de sua autoria. Considerado pelos demais sambistas como um dos últimos mestres do partido-alto, tinha mais de 600 composições catalogadas, mas infelizmente poucas foram gravadas. Seu único disco individual, é este que apresento para vocês. Aniceto então com 70 anos de idade, em 1984 tem lançado pela CID o Lp "Partido Alto Nota 10", álbum que conta com todas as faixas compostas pelo partideiro e com participações de luxo do Martinho da Vila, Dona Ivone Lara, Roberto Ribeiro, João Nogueira, Zezé Motta e Clementina de Jesus. Pastoras formam um coro que nos transporta diretamente para os fundos de quintais com seus varais e roupas quarando ao sol, batida de faca no prato, palmas de mão, trilha sonora perfeita pra cair no miudinho. Já idoso e apontado como referência para os mais jovens nos anos 70 e 80, apresentava-se ao lado de outros representantes do partido-alto, como Wilson Moreira e Nei Lopes. Mais de duas décadas depois o lançamento deste disco, seu nome é "redescoberto" pelas gerações mais novas. Se você ainda não teve a oportunidade de ouvir o nosso mestre ou nunca mais ouviu sua voz, chegou a hora!

Pra conhecer ou relembrar...

Aniceto do Império Partido Alto Nota 10

Faixas do Lp:

1-Partido Alto
2-Desaforo
3-É Fogo
4-Chega Devagar
5-Difícil
6-Ginga de Yayá
7-Quando Louvar Partideiro
8-Entrevista
9-És Partideiro?
10-Quem é teu pai
11-Mulher na presidência
12-Dona Maria Luíza


Ouça na Vitrola

Minha tv faz sacundin

Como falei anteriormente, me frustrei com a tal da televisão.
Se nem novela boa tão fazendo mais, imaginem o resto! Fora que todos agora só querem a tal da tv colorida com telas planas e imagem deixando a desejar. Há alguns canais e programas que se salvam, geralmente os públicos, que se encarregam de fazer valer à pena parar em frente a tela do aparelho. Quando essa coisa de tv irá melhorar? Isso aí não sei mesmo! Mas como não suporto os "plin-plins" da tv ou ficar de braços cruzados esperando a chegada da tão falada tv digital pra ver algo que seja interessante, resolvi colocar as mãos na massa! Agora, no Muito Incrementado vocês também terão acesso à notícias e discussões sobre a programação das emissoras de TV, vídeos raros, outros nem tanto, curtas-metragens, matérias exclusivas produzidas pelo blog e mais coisinhas que saírem dessa mente! Então...
Sejam muito bem-vindos a primeira exibição da nossa Tv Sacundin!


Pra comessar trago um vídeo que está no Youtube.
Aniceto do Império em...Dia de Alforria...?
A história do fundador da Escola de Samba Império Serrano e militante do cais do porto carioca: Ancineto do Império. Então com 72 anos, ele fala de sua intensa produção musical, inspirada na música dos escravos do século XVIII, e de suas lutas sindicais como estivador.

Curta rodado em 1981, cuja direção e roteiro estão sob assinatura do Zózimo Bulbul

Pra ver este filme na integra e o curta "Samba no Trem" assista: Curta Brasil.
O programa da Tve Brasil, exibe hoje (sábado, 11 de agosto) à meia noite, os filmes e conta com a presença luxuosa do "cineastro" em uma entrevista e discussão sobre seus curtas.

Vocês não devem perder!
Sublime!



Ao Olho Negro de Zózimo Bulbul

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A Volta

Opa!
Como estão vocês meus queridos?
Deu pra perceber que passei uns tempos de molho... Não escrevi e tão pouco postei mais Lp algum. Mas agora que as coisas se organizaram eu volto mandando ver, e repleta de novidades por aqui! E não há nada melhor para celebrar a volta das atividades deste ambiente virtual extremamente incrementado, que tornar disponível para vocês um Lp que eu adoro escutar. Se bem que a palavra mais correta seria dançar. É bem óbvio mas espero que gostem...
Um dos mais especiais discos do Ed Lincoln, A Volta marcou o retorno do organista a música depois de passar sete meses paralisado numa cama após um acidente de carro em 1963. Disco em que ele e os músicos do seu conjunto revelam a alegria em voltar a tocar e fazer dançar as pessoas nos bailes finos e nas quebradas no morro, através das vitrolas e bailes Hi-Fi. A foto da capa nos lembra o ambiente de uma daquelas coletivas de imprensa bem comuns atualmente, de certos "artistas" que diferentemente do Ed Lincoln, costumam promover mas não tem muito a dizer. Ou melhor, falam mais sobre o carro do ano que compraram, ou mesmo do namorado novo que foi namorado daquele fulano que fazia um papel que ninguém lembra na última novela e por aí vai. Fui ácida? Pode ser. Mas voltando ao disco, a única coisa que posso afirmar é que com suas músicas ele consegue sintetizar todo o ambiente dos bailes e gafieiras que eu tanto amo. No disco encontramos composições do próprio Ed Lincoln em parcerias com Orlandivo (quando ainda Orlann Divo), Durval Ferreira e outros não menos importantes. Minha dica: Ouçam de pronto a música "The Blues Walk" e "Palladium" que anos depois foi regravada pelo Clube do Balanço. Não vou contar nada sobre elas, só quero ler os comentários depois.

Ed Lincoln

Lp: A Volta (1964)

01 - Ai Que Saudade Dessa Nega (Ed Lincoln)
02 - Eu Vou Também (Menininha) (Ed Lincoln / Orlann Divo)
03 - The Blues Walk (C. Marrom)
04 - Falaram Tanto de Você (Durval Ferreira / Orlann Divo)
05 - Vou Andar Por Aí (Newton Chaves)
06 - Deixe Isso Pra Lá (Ed Lincoln / Luis Paulo)
07 - Na Onda do Berimbau (Oswaldo Nunes)
08 - Amar É Bom (Ed Lincoln)
09 - Palladium (Ed Lincoln / Orlann Divo)
10 - Sacy Pererê (Humberto Reis / Rildo Hora)
11 - São Salvador (Durval Ferreira / Aglaê)
12 - Voltei (Ed Lincoln / Silvio César)

Pra conhecer ou relembrar...

Ouça na Vitrola